domingo, 25 de setembro de 2011

Suicidio entre jovens. O que vem acontecendo com eles?

Aos dezesseis anos de idade Ben Nelson morreu em 24 de setembro de 2010, quando ele cometeu suicídio em um galpão na fazenda da família em Ashton Ontário, Canadá. Os pais compraram a fazenda na esperança de que isso ajudaria no precário estado de espírito do filho após uma tentativa de suicídio no início do ano.
O caso do menino de 10 anos que atirou na professora e em seguida se matou com um tiro na cabeça, entristeceu o Brasil e provavelmente levou muitos pais à reflexão sobre o que vem acontecendo com as nossas crianças e jovens.

Lamento pela profunda tristeza desses pais e pela dor silenciosa dessa criança que se matou.

Infelizmente o suicídio tem sido uma infeliz escolha para a “solução” dos problemas de muitos jovens. Aqui no Canadá, ele é a segunda principal causa de morte entre eles.

Em junho do ano passado, seis jovens se suicidaram em uma pequena cidade no país. As vítimas tinham entre 14 e 20 anos. Nenhum deles se conhecia. Esse fato nos chama a atenção para a complexidade do suicídio, que não se limita a um "tipo" psicológico ou a uma circunstância em particular. O suicídio de jovens continua sendo um enigma enlouquecedor. Muitas famílias ainda estão tentando entender por que seus filhos fizeram essa terrível escolha e o que eles poderiam ter feito para evitá-la.

O início e o final do ano escolar podem ser particularmente vulneráveis para jovens em risco, pelo menos é o que dizem alguns estudos. De acordo com a psicóloga da Universidade de Ottawa Darcy Santor, pelo menos 91% das vítimas de suicídio sofrem de alguma forma de doença mental no momento de suas mortes. O perigo aumenta quando mais fatores de risco estão presentes, como: a vergonha, depressão, ansiedade, abuso de álcool, o bullying, isolamento social e dificuldades de aprendizagem.

Lembro-me de um menino de 11 anos que atendi há alguns anos atrás. Ele tentou se suicidar, pulando do quarto andar da sua escola no dia de uma determinada prova. Felizmente ele não morreu, ficando apenas bastante machucado. Ele me contou que estava nervoso com a prova e que seus pais o pressionavam para ele obter boas notas. A parte mais impressionante do seu relato foi que antes de pular, ele apenas sentiu um enorme desespero e não via outra saída senão morrer.

Afinal, porque as crianças e os adolescentes não batem na nossa porta para pedir ajuda? Porque mantém a sua dor em segredo? Talvez, tenhamos aqui uma resposta: “Nós não falamos isso para os nossos pais, eles não entenderiam”, disse certa vez outro adolescente que conheci. Ele tentou suicídio por duas vezes.

Será que as nossas crianças estão se matando porque estamos indo sentar em silêncio na frente da nossa TV ou do nosso computador e deixando que os nossos filhos se resolvam sozinhos? Esta é uma pergunta intrigante!

No Canadá, muitas pesquisas são realizadas no campo das doenças mentais e em particular, com o tema suicídio. Patrice Corriveau, pesquisador da Universidade de Ottawa, vem analisando e catalogando cada nota de suicídio deixada. Na sua pesquisa, ele voltou no tempo - mais de 100 anos. Isso foi possível, pois na província, uma investigação forense é obrigatória para todos os casos de suicídio. Ele descobriu, por exemplo, que no final de 1800, muito antes de "adolescente" ser uma categoria social reconhecida, os jovens com maior probabilidade de morrer por suicídio eram as meninas solteiras que se encontravam grávidas. Na década de 1930, foram os jovens da Europa, que não conseguiam encontrar a sua fortuna na nova terra ou jovens maridos que perderam suas fortunas e se mataram por vergonha. Com essa pesquisa, pode-se perceber que a atual situação de morte por suicídio entre os nossos jovens é um fenômeno mais recente.

O que vem acontecendo com os nossos jovens?

Muitos pais não percebem o declínio emocional que os seus filhos vêm passando. Já escutei de muitos a seguinte frase: “Nunca percebemos nada, ele(a) era tão tranquilo” O que me parece é que os pais simplesmente não são ensinados sobre o que procurar no comportamento dos seus filhos que dêem indício de uma profunda dor psíquica e do desejo de morte.

Algo que realmente me preocupa, é que as crianças e principalmente os adolescentes, são estigmatizados pela sociedade. No Brasil, os jovens carregam nas costas o infeliz apelido de “aborrecente”. Toda essa carga de rótulos e preconceitos com relação a essa fase da vida tem dificultado a nítida visão do que pode estar acontecendo dentro desse universo juvenil.

Alguns pais não levam a sério o que os filhos estão passando, pois acreditam ser uma fase de angústia da adolescência, mas muitas vezes é uma forma mais profunda de depressão e ansiedade.

Certa vez escutei de uma menina de 13 anos a seguinte frase: "Eu não posso voltar atrás e consertar as coisas." Os adolescentes, assim como as crianças, pensam diferente dos adultos. Para eles, o que existe de mais concreto na vida é o aqui e agora. Falar sobre o futuro pode parecer utópico.

Pesquisas mostram que muitos jovens que se mataram, comentaram com os amigos e parentes, sobre o desejo de suicidar-se e não o fizeram apenas uma vez e sim várias. Foi como um pedido de socorro. Um triste exemplo disso foi o pequeno garoto brasileiro citado no início do texto. Ele disse aos amigos o que iria fazer, mas ninguém levou a sério. Pensaram que era brincadeira.

Em 2001, pesquisadores em Houston entrevistaram 153 jovens entre 15 e 24 anos que haviam sobrevivido a uma tentativa séria de suicídio. Eles foram convidados para estimar a quantidade de tempo entre o momento em que tinham decidido que queriam morrer e quando eles de fato o fizeram. Em 70% dos casos, o tempo foi menor que uma hora. Em 25% foi apenas de cinco minutos.

Um fato que não pode ser desconsiderado é que vivemos em uma sociedade cada vez mais competitiva, com tecnologia de ponta ao nosso alcance, com muita informação, muito mais do que damos conta de assimilar. O mundo está dinâmico e com isso as exigências sociais aumentaram. Precisamos correr se não quisermos “parar no tempo” e com isso, percebemos que muitos jovens não sabem como lidar com a perda, a frustração e a decepção. Não sabem por que não aprenderam, não foram ensinados a relaxar, a se permitir a errar, a descobrir o seu potencial que é individual e único. Precisamos ensinar isso aos nossos filhos!

Gostaria de fazer um pedido a todos os pais: Olhe para os seus filhos, observe que o mundo deles muda de acordo com a idade, respeite cada fase e aprenda coisas novas através de conversas amigáveis, permita que eles sejam únicos. Não deixe para fazer isso amanhã, comece hoje no seu próximo encontro com eles.
Abraços,
Lila

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cybercrime - Cuidado nunca é demais!

Escrevi este texto a convite da Daniela para o Clube dos pais e mães blogueiros

Foto: Arquivo pessoal
Estamos vivendo uma era em que as amizades virtuais aumentaram mais que as presenciais. As redes de relacionamentos invadem as nossas casas com infinitas possibilidades de curtos diálogos com diferentes pessoas de diversas partes do mundo. Como é bom poder encontrar velhos amigos e fazer novos. Como é interessante poder adentrar em diversos mundos com apenas alguns toques no teclado. Que infinito universo cibernético se apresenta aos nossos olhos. Encantador, não acha? Parece ser fácil e seguro fazer amigos dessa forma, não? Até mesmo porque estamos em nossas casas isentos de riscos que o mundo lá fora nos impõe. Mas apenas parece!

Com essa facilidade tecnológica, somos uma isca fácil para pessoas que nem sempre tem boas intenções. Como é fácil assumirmos uma personalidade que não é a nossa e nos apresentarmos ao mundo virtual sem que ao menos sejamos reconhecidos. Esse tipo de comportamento tem um nome: “fake”. A palavra vem do Inglês, que significa “falso”.

O que é isso?
É uma personalidade falsa usada para ocultar a identidade real de uma pessoa. De uma maneira geral, os fakes são facilmente encontrados em sites de relacionamento (principalmente o Orkut que estatisticamente tem apresentado o maior número de invasão de fakes) e uma das finalidades deles é dar opiniões sem se identificar, evitando constrangimentos ou ameaças pessoais ao opinante, mas sua maior finalidade é ter uma segunda vida. A maioria dos criadores de fakes o fazem só por diversão, para conhecer novas pessoas sem se expor. Porém, esse tipo de comportamento tem se tornado um novo problema social.

Pessoas começam a apresentar distúrbios mentais e psicológicos, levando-os a trocar a vida real pela vida de seus falsos perfis. O que acontece é que o mal uso do fake tem causado dependência nos seus usuários, declinando suas vidas nos aspectos social, emocional e intelectual. Existem relatos de pessoas que criaram um perfil fake, e que o vivenciaram tão intensamente chegando a ter um surto psicótico (quadro clínico se caracteriza pela perda de contato com a realidade). O psicótico pode ter alucinações ou crenças delirantes e exibir alterações de personalidade e desordem de pensamento. Isso pode ser acompanhado por comportamento incomum ou bizarro, assim como dificuldade de interação social e de levar adiante atividades cotidianas. Nesses casos, essas pessoas tentam assumir a vida da outra, “roubando” as suas informações, fotos, amigos, eventos, etc. o que pode ser perigoso.

Como um fake, as pessoas adotam uma nova maneira de viver e com isso elas podem ser quem quiserem e até mesmo cometerem crimes cibernéticos, os chamados Cybercrime, que são: disseminação de vírus que coletam e-mails para venda de mailing; distribuição material pornográfico (em especial infantil); fraudes bancárias; violação de propriedade intelectual e direitos conexos ou mera invasão de sites para deixar mensagens difamatórias como forma de insulto a outras pessoas. Para esse último chamamos de cyberbullying.

O que poucos sabem é que esse tipo de prática já está no código penal brasileiro e é passivel de pena: Art. 307 do Código Penal – Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem. Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Mas infelizmente não é tão fácil localizar e punir um fake, pois eles entram em seu computador e não deixam pistas, quando você vai ver o estrago já está feito. Então, como podemos nos proteger?

Antes de responder a esta pergunta, gostaria de traçar um paralelo entre esses dois mundos (o virtual e o real). Se pararmos para pensar e nos questionarmos sobre o que nos motivou e continua nos motivando, a estar mais tempo dentro de casa conectados a internet fazendo amigos virtuais, chegaremos a algumas prováveis respostas: a violência nas ruas, a falta de segurança para os filhos, a crescente influencia para o consumo de drogas e alcool, a criminalidade em suas infinitas versões e muito mais. Por medo do que poderia acontecer lá fora, achamos um “lugar seguro”: dentro de casa e dentro dos nossos computadores.

Certa vez, escutei da mãe de um jovem de 18 anos que era melhor ele ficar em casa na internet do que na rua correndo risco de vida. Bem, essa parece ser a nossa atual realidade social: Ficamos em nossas casas para nos “proteger do mundo lá fora”, mas este mundo veio ao nosso encontro.

Diante desses fatos, precisamos ficar atentos e termos atitudes preventivas, mas não devemos ficar nervosos, ansiosos ou mesmo cancelar as nossas contas em sites, grupos, blogs, etc. Abaixo, cito algumas pequenas coisas que podemos fazer para evitar surpresas desagradáveis na net.

Dicas:
- Quando você se cadastrar em sites de relacionamentos (Orkut, facebook, etc.) procure se vincular a grupos ou a pessoas conhecidas ou amigas. Não aceite pessoas que não conheça, pois os hackers adicionam as vitimas, pois assim eles conseguem todas as informações necessárias como, e-mail, data de nascimento, etc.
- Use as configurações de segurança dos seus sites. Navegue sempre em modo seguro usando: https://, nunca apenas http:// (sem o “s”). Em geral quando você usa o modo de segurança, aparece um cadeado ao lado do seu site. Isso significa que é mais difícil alguém entrar em sua rede.
- Use as configurações de privacidade. Assim, pessoas que não são amigos não vão conseguir ver fotos ou outras informações suas.
- Evite colocar informações pessoais do tipo: telefone, endereço de casa ou do trabalho, informações sobre os seus filhos (escola, lugares que freqüenta) Muitos sites pedem esse tipo de informação, mas você não é obrigado a informar.
- Ao colocar fotos na net, use assinaturas, como as de marca d’água para personalizá-las e evitar que sejam copiadas.
- Ao postar fotos de seus filhos, evite que os mesmos apareçam despidos ou em situações constrangedoras, pois esse tipo de foto é sempre alvo dos pedófilos e fakes. E não se esqueça de assiná-las ou personalizá-las.
- Tenha bons programas de antivírus no seu computador e use-os frequentemente. No mínimo uma vez por semana.
- Oriente os seus filhos sobre os fakes e seus riscos e sempre supervisione o que eles fazem na net.
- Tenha sempre muito cuidado com o que você posta ou escreve na net, pois isso ficará lá para sempre.

Previna-se e continue aproveitando as maravilhosas oportunidades que esse mundo virtual nos oferece!
Abraços,
Lila

domingo, 28 de agosto de 2011

Diga apenas "sim" aos seus filhos!

Você já parou para contar quantas vezes ao dia você escuta dos seus filhotes a frase acima? Caso ainda não tenha feito isso, por curiosidade e estatística materna, faça!
A pergunta pode ter versões variadas, por exemplo: “Mãe, você pode arrumar os meus brinquedos?” ou “Mãe vamos viajar para a Sibéria?” etc. O questionário infantil é infinito então, prepare-se para responder sempre sim para todas as incríveis perguntas que essas crianças maravilhosas fazem.

Parece loucura, não? Mas não é! Você perceberá que essa simples estratégia evitará uma imensidão de conflitos cotidianos com os seus filhos. O truque é que se trata de um sim condicional. Eu uso essa técnica com o meu filho e ele se sente sempre ouvido e autorizado, mesmo que não consiga o que quer.
A idéia é virar a situação a seu favor e evitar os infinitos “por quês” que vem logo em seguida do seu sonoro não.

Quantos não você diz aos seus filhos e com eles vem uma discussão ou outra pergunta que necessita de uma resposta imediata, pois eles não têm a paciência necessária para esperar que você confabule uma resposta razoável que os satisfaça. Então por esses e outros motivos, o sim é a melhor saída. Como fazer isso? Eis aqui alguns exemplos:
“Mãe, posso comer chocolate?” (detalhe: antes do almoço. O meu filho adora essa). Resposta: “Sim, depois que você almoçar, posso lhe dar um pedaço”; “Mãe, posso dormir na casa da Joana?” – resposta: “Sim, parece uma boa idéia para quando você tiver 10 anos”; “Podemos ir na Disney?” – resposta: “Sim, parece maravilhoso. Então vamos economizar para que um dia possamos fazer essa viagem”; “Posso ficar acordado até meia noite?” – resposta: “Sim, quando você tiver 15 anos, você poderá fazer isso com certeza”.
Entenderam a idéia? O interessante nisso tudo é que você cria uma atitude positiva nos seus filhos e conduz uma relação familiar baseada em diálogos e não em estressantes discussões que não levam a lugar nenhum.
Provavelmente algum dia, seus filhos irão entender que os constantes sim que recebem, na verdade são um não camuflado (pelo menos um não condicional), mas até que isso aconteça você já criou uma relação saudável e baseada no diálogo.
É claro que em algumas situações um não categórico é necessário, até mesmo porque as crianças precisam entender o significado da palavra não em suas vidas e precisarão aprender a aceitar isso.
Experimente!

domingo, 21 de agosto de 2011

Blogagem Coletiva: Férias em família


Este texto faz parte da Blogagem Coletiva do mês de agosto do Blog Maes Internacionais  Visite o site para saber mais sobre férias da garotada pelo mundo. 

Para muitas famílias, tirar férias todos juntos é uma missão quase impossível, principalmente quando os filhos vão crescendo e as vontades vão ficando cada vez mais diferentes. Um casal amigo que tem filhos com idades entre 10 e 20 anos, já desistiu de viajar com a família toda. Os jovens querem estar com os(as) namorados(as) e a caçula sente enjoo durante as viagens longas. Para convencer todos os filhos a estar juntos é preciso ter argumentos consideráveis. Outro casal que tem três filhos entre 4 e 9 anos, me disseram que não viajam juntos há quase 5 anos, pois nem sempre as férias do casal é na mesma época. Para famílias como estas e outras tantas que existem mundo afora, o importante é relaxar e ser criativo quando as aulas da garotada terminam, pois férias não é sinônimo de estresse e sim de diversão.

E por falar em diversão, aqui em Vancouver o que não falta são opções de diversão para todas as idades. No verão tudo acontece. Existem muitas atividades free pela cidade e lugares lindos para visitar, além de imensos parques recheados de brinquedos, campos de golf, áreas para pic-nic, BBQ e camping. As opções são tantas que é praticamente impossível você ir a todos os eventos e lugares ou fazer tanta coisa interessante no seu período de férias. Para solucionar esse pequeno problema de tempo, existem os finais de semana. Com tanta coisa legal para fazer pela cidade, só fica em casa durante as férias quem não gosta de se divertir. Para mais informações sobre o que fazer na cidade, acesse: Atividades grátis pela cidade 

Para quem gosta de arrumar as malas e por o pé na estrada, as opções aumentam consideravelmente. O estado de British Columbia é um paraíso natural e, lugar bonito para visitar é o que não falta. Veja Aqui  as maravilhosas opções do que fazer e para aonde ir no estado.

Nestas férias fizemos e continuamos fazendo um pouco de tudo. Viajamos, fomos a parques, cinema, nos encontramos com os amigos, fizemos pic-nic... e ficamos em casa nos dias em que estávamos exaustos, pois passear também cansa, mas é uma canseira tão boa que sempre deixa o gostinho de quero mais. Porém, não se preocupe tanto com o que fazer ou para aonde ir, preocupe-se em estar tranqüilo e em paz com a sua família, fazendo coisas agradáveis e aproveitando a companhia das pessoas que você mais ama. Sentindo e agindo dessa maneira, não importa se você está no sofá da sua sala, sentando ao lado dos seus filhos, comendo pipoca e dando boas risadas de um engraçado filme ou em Paris jantando em um restaurante chic, você estará aproveitando da melhor maneira as suas férias: sendo feliz!

Viva a vida: Relaxe e divirta-se!

Algumas atividades free pela cidade
Vancouver Summer Festivals

Vancouver Water parks for kids

Vancouver Outdoor Movies

Vancouver Salsa Dancing in Robson Square
 
Vancouver Summer Music Concerts

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O meu filho não me escuta!

       Muitos pais reclamam que seus filhos não lhe dão ouvidos. Eles se queixam que falam dezenas de vezes sem ser atendidos e que os filhos os ignoram de propósito. Penso que por conta desses pequenos equívocos, temos um pé na briga familiar.

Quem nunca viveu ou presenciou as seguintes cenas. O pai chega do trabalho cansado e quer ter um tempo para si, sem levantar da poltrona, grita: "Filho, tá na hora de jantar!" O filho não escuta ou não quer escutar e com isso o pai repete a mesma ordem e da mesma maneira. A mãe, que está terminando o jantar solta um berro da cozinha: "Filho, não ouviu o seu pai chamar?" Nada do filho aparecer, o que deixa os pais irritados e propensos ao berro. Esse tipo de cena acontece provavelmente todos os dias e da mesma forma em muitos lares, gerando as reclamações dos pais em relação aos seus filhos.

Escutei de muitas mães frase do tipo: “Eu chamo o meu filho muitas vezes, mas ele não me atende, só depois que eu me irrito e grito é que ele aparece”. O que acontece com as crianças de hoje? Acredito que devemos perguntar: O que acontece com os pais de hoje? A resposta é velha e simples: Os pais estão cada vez mais distantes dos seus filhos, principalmente quando estão bem próximo deles - Dentro de casa.

Os pais estão sempre ocupados e com mil coisas para fazer e não podem “perder” tempo, o que significa pouco contato com os seus filhos. Tudo precisa ser rápido, prático e funcional. Tem hora pro café, almoço, banho, tarefa, jantar, etc. Tem hora para tudo, menos para estabelecer contato visual. O que é isso? Olhar nos olhos da criança quando se fala com ela, chegar perto ao dizer algo, se aproximar ao fazer uma pergunta e por aí vai. Este é um dos problemas da atualidade, os pais deixarem de fazer contato visual com seus filhos. A mãe que está na cozinha, gripa para o filho que está no quarto. Parece que caminhar até ele é tempo que se perde e que gritar de onde está é mais prático. Na verdade não é prático, nem funcional e sim inútil, pois não traz benefícios para ninguém.

Caso você não queira transformar a sua casa em um caos ou em um concurso de gritos, é melhor começar a caminhar ao encontro do seu filho, chamá-lo de perto e levá-lo até onde ele precisa ir, seja ao banho ou para a mesa do jantar.

Olho no olho, palavras amorosas, gestos de carinho são pequenas coisas que podem tornar o seu dia a dia mais tranquilo e a relação com os seus filhos mais humana. Tente, você vai perceber a diferença.
Abraços,
Lila

sábado, 21 de maio de 2011

Pare o Bullying!

Cartaz feito por alunos de uma escola publica no Canadá
para uma das muitas campanhas anti-bullying.

Por que devemos parar o bullying? Porque ele é extremamente perigoso, podendo ser fatal para muitas crianças e adolescentes.
Temos o terrível exemplo da tragédia que ocorreu no Rio de Janeiro. Ela chocou o Brasil e o mundo e chamou a atenção da mídia para um problema que ocorre muitas vezes nas escolas brasileiras: A violência.
Lamento imensamente por todas as vítimas dessa prática, assim como por seus praticantes, pois para mim todos precisam urgentemente de ajuda.

Dedico-me a escrever textos sobre bullying, pois acredito que a conscientização é fundamental para o combate a essa prática. Precisamos nos tornar pais conscientes e entender que o bullying não é uma fase normal da infância ou adolescência e que os seus efeitos podem durar até a idade adulta.

Relaciono abaixo alguns possíveis impactos sobre a prática do bullying.  As informações são baseadas em pesquisas feitas pelas universidades de B.C. Canadá.

Impacto sobre as vítimas:
• Ansiedade
• Solidão
• Baixa auto-estima
• Isolamento
• Depressão
• Dores físicas
• Fugas de casa
• Consumo de álcool e ou drogas
• Suicídio
• Mau desempenho acadêmico
  
Impacto sobre os Bullies (praticantes):
• Envolvimento em brigas freqüentes
• Ser ferido em uma luta
• Vandalismo
• Consumo de álcool
• Fumo
• Baixo desempenho escolar
• Desinteresse escolar
• Desejo de possuir uma arma
• As chances de tornar-se um criminoso aumentam em 60%.

Impacto sobre os Observadores do Bullying (transeuntes, testemunhas e assistentes):
As crianças podem ser influenciados indiretamente por serem testemunhas interpessoais de um gesto de violência, o que pode aumentar significativamente os sentimentos de vulnerabilidade e diminuir o sentimento de segurança pessoal.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Filhos são do Mundo


"Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos. Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente. E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo! Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos  pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor.. . É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós!!!
A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver. "
José Saramago

domingo, 8 de maio de 2011

Jovem transforma madeira velha em violinos



As gavetas de um velho guarda-roupas de araucária se uniram ao pedaço de uma mesa de imbuia. Juntas, sob a forma de um violino, agora tocam Beethoven e Bach. Assim, os móveis descartados em um terreno baldio se transformam em música no extremo leste de São Paulo.
Desde 2009, quando começou a frequentar aulas de luteria --construção de instrumentos musicais--, David Rocha, 20, busca no lixo a madeira para montar seus próprios instrumentos. "O tampo desse violão clássico é de abeto, uma madeira da Europa parecida com o pinho. Veio de uma caixa de bacalhau da Noruega que eu peguei no Mercadão", explica o jovem músico, na oficina de luteria. Com a madeira que encontra, David já construiu um alaúde, um cavaquinho, um bandolim, uma rabeca e outro violão, barroco.
O interesse pela música vem desde criança, quando assistia, pela televisão, aos concertos da Sala São Paulo. Aos 16, ele aprendeu a tocar em uma igreja evangélica.
Determinado a montar um violino só para ele, David encontrou nos móveis descartados um meio para isso.
"Cada madeira que eu encontrava, mostrava para o professor, para saber se servia", conta David. Ele cursa o último ano do ensino médio e hoje é monitor da oficina de luteria durante a tarde.
Pelo trabalho, ele recebe uma bolsa de R$ 450 da Fundação Tide Setúbal, que promove o curso no Galpão de Cultura e Cidadania de São Miguel Paulista.
Como não segue as rígidas especificações usadas na fabricação do violino, o que David fabrica é chamado de rabeca-violino, uma versão mais rústica do instrumento.
"Ele obteve um resultado de qualidade muito rápido para quem está começando", elogia Fábio Vanini, professor da oficina de luteria.
"A vantagem de ele usar as madeiras do lixão é que elas passaram pela prova do tempo, não vão mudar mais suas características", diz o luthier.
Heber Sanches, professor de violino da Fundação Bachiana, assistiu ao vídeo de David, feito pela Folha.
"Bacana o som que ele tira do instrumento. E tem muito luthier que adoraria tê-lo como aprendiz". Empolgado, Heber quer convidá-lo para ter aulas na fundação.

Fonte: Folha Online

sábado, 2 de abril de 2011

Justiça condena colégio do Rio de Janeiro a indenizar ex-aluna por bullying

Não deixe que seus filhos sofram bullying. Faça algo! O exemplo citado nesta reportagem da folha é um bom incentivo aos pais que muitas vezes acham que não há nada para ser feito. Leia e conclua.
Pelo Jornal A Folha de São Paulo - 01/04/2011

"A Justiça do Rio condenou um colégio a pagar R$ 35 mil de indenização para a família de uma ex-aluna que foi vítima de bullying pelos colegas.

Segundo o Tribunal de Justiça, na quarta-feira (30) a 13ª Câmara Cívil negou recurso do colégio Nossa Senhora da Piedade e manteve a decisão de 2009, que prevê o pagamento de R$ 15 mil para a vítima e mais R$ 20 mil para os pais.

Ellen Bionconi e Rubens Affonso entraram com ação contra a escola afirmando que, desde 2003 sua filha sofria agressões físicas e verbais por parte de colegas da escola.

Na época, segundo os pais, a menina de 7 anos chegou a ser espetada na cabeça por um lápis, ser xingada, arrastada e arranhada, além de levar socos, chutes e gritos no ouvido.

Em virtude do bullying, a criança ficou com medo de ir à escola, passou a ter insônia, terror noturno e sintomas como enxaqueca e dores abdominais, tendo que tomar antidepressivos e mudar de escola.

No processo, segundo o TJ, o colégio afirmou ter tomado todas as medidas pedagógicas para evitar as agressões, mas entendeu não ser conveniente o afastamento dos colegas da escola --foram acompanhados por psicólogos e os responsáveis foram chamados ao colégio.

De acordo com a decisão, a responsabilidade do caso foi da escola, pois, na ausência dos pais, ela detém o dever de manutenção da integridade física e psíquica dos alunos.

Procurado pela reportagem, o colégio ainda não se pronunciou sobre o caso".

quarta-feira, 30 de março de 2011

Bullying - Caso Casey Heynes


Para quem não conhece o termo, Bullying são agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas repetidamente por um ou vários colegas. Geralmente se apresenta na forma de ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

O caso do adolescente Casey Heynes, tomou a atenção da mídia nos últimos dias. Cansado de sofrer bullying desde a infância, em um determinado momento decidiu se defender. A sua defesa foi uma reação vinda de seu medo crescente e de seu desespero. Foi uma necessidade de colocar um basta em tanta humilhação sofrida ao longo dos anos em sua vida.
Casey sofria bullying por estar acima do peso, mas principalmente porque se tornou um alvo fácil de ameaças e intimidações. Os praticantes do bullying escolhem as suas "vitimas" com atenção, e os escolhidos são os mais tímidos e, principalmente os que possuem baixa capacidade de autodefesa.  Quando Casey decidiu se defender, as ameaças acabaram. Por isso, em vários textos sobre bullying que já publiquei neste blog e as várias respostas que dou aos pais me escrevem sobre o tema, eu aconselho a ensinar os filhos a prática da autodefesa. Isso não significa que vamos ensinar aos nossos filhos a bater ou agredir, mas a definir o seu espaço de respeito entre os colegas. Os nossos filhos precisam  aprender a se impor diante dos conflitos e a pedir ajuda quando não conseguem fazer isso sozinhos. É nosso dever como pais, ficarmos atentos ao que acontece com eles na escola, entre os amigos e dentro de casa.
Casey pensou em suicídio e seu pai nem ao menos sabia o que estava acontecendo com ele. As vítimas de bullying mudam o comportamento e se tornam mais introspectivas, tristes, deprimidas e sem vontade de ir à escola. Fique atento a qualquer mudança de comportamento em seus filhos e procure saber o que está acontecendo com eles, pois as vítimas de bulying precisam de ajuda urgente.
Assistam ao vídeo para entender o caso.
Abraços,
Lila 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Educação: Sobre o respeito

Conversando com uma amiga que está noiva e vai se casar daqui a poucos meses, percebi como é grande o medo de algumas jovens com a futura educação dos filhos. Ela me disse: “Não sei se quero ser mãe, pois não sei se saberei educar bem um filho”. É claro que este medo é apenas a ponta do iceberg. Sempre que escuto uma mulher falando assim, paro e fico refletindo sobre a educação nos dias atuais. Escrevi outro artigo sobre o tema (ver: http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2009/09/educacao-nos-dias-atuais.html
Não deve ser fácil para os futuros pais entrar nesta aventura. Mesmo porque a educação de filhos vem mudando ao longo dos anos e muitos se perdem neste vasto mundo da educação. Apesar de todas as mudanças e atualizações no processo educacional, costumo dizer que uma coisa é básica: O respeito. O respeito que devemos ter para com os nossos filhos e eles para conosco. Este, para mim, é um dos maiores desafios no processo educacional. O respeito vai além do obedecer, pois obedecer é fácil, respeitar é uma conquista. Nós obedecemos às regras de trânsito, leis, chefes, etc, mas será que as respeitamos porque somos obrigados a isso ou porque acreditamos que é o certo a fazer? Aí está a grande diferença. Quando os nossos filhos nos obedecem sem ter a consciência de que é o certo a fazer, o processo de educação não se instala. Muitos filhos obedecem por medo, e tão logo se sintam fortes o suficiente para nos enfrentar o farão sem medo. Isso geralmente acontece na adolescência.
Então, para termos filhos conscientes, maduros e respeitosos, vamos dar o exemplo com as nossas atitudes.
Abraços,
Lila

sábado, 5 de março de 2011

Como falar de sexo com a criança

Muitos pais me perguntam sobre como falar de sexo com os seus filhos. Para muitos, este é um momento embaraçoso e de dificil saída. Muitos se questionam sobre o que podem ou não dizer aos seus filhos. Para ajudar um pouco a esses pais, aqui vai um pequeno guia de como fazer isso.
- Não fique esperando pelo esquecimento. Esperar pelo esquecimento com a esperança de que a criança esqueça é perda de tempo. Ela poderá esquecer por um instante, mas em seguida lembrará. Esteja seguro para falar com o seu filho.
- Seja firme e não invente nada. Respeite o vocabulário da criança, não use palavras dificeis ou que ele não entenda e não invente historinhas de cegonga, repolho ou outras. Fale com clareza e naturalidade. Dê nome correto às partes do corpo humano que ele não conhece.
- Não vá além das perguntas. Satisfaça a curiosidade da criança com naturalidade, responda tudo que perguntar, mas contenha a vontade de dar uma aula sobre o assunto. Limite-se as perguntas.
- Aborde com naturalidade as diferenças entre meninos e meninas.  Mostre que meninos e meninas são diferentes e se vestem de formas diferentes, explique que fazem xixi de maneira diferente porque são diferentes.
Se você for observado na troca de carinho, mantenha a calma e não fuja do assunto. Diga que papai e mamãe se amam e gostam de carinho também e leve-o naturalmente para outra atividade. 

É preciso compreender que essas descobertas são saudáveis e importantes para o desenvolvimento da sexualidade da criança e para uma vida adulta mais saudável.

Tem um site bem interessante para obter mais informações. Acessem: http://guiadobebe.uol.com.br/bb5a6/a_descoberta_da_sexualidade.htm
Outra fonte: A Construção do Afeto - Celso Antunes

Abraços a todos,
Lila

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pink Shirt Day 2011 - Campanha Anti-Bullying


No dia 23 de Fevereiro, será comemorado por aqui o "Pink Shirt Day": Dia Nacional Anti-Bullying. Embora a ideia tenha surgido em uma pequena cidade no leste do Canadá, o conceito se espalhou pela América do Norte e ao redor do globo.

Tudo começou quando um menino ao vestir uma camiseta na cor rosa, foi intimidado por alguns colegas, sendo chamado de homossexual e ameaçado por usar rosa. Duas crianças ao observar a cena, tomaram a iniciativa de ir a uma loja nas proximidades da escola e compraram 50 camisetas na cor rosa. No dia seguinte foram vestidos de rosa e entregaram as demais camisetas aos colegas. Muitos alunos naquele dia ficaram usando rosa.
Usar a cor rosa, foi uma linda atitude das duas crianças em apoio ao colega que sofreu bullying. A ideia tomou força na escola e, nos demais dias, centenas de estudantes apareceram com roupas na cor rosa. O "valentões" que xingaram o menino, não se atreveram a repetir a atitude. Na verdade, eles é que ficaram constrangidos.

No dia 14 de Abril do ano de 2010, a Província de British Columbia, através do Primeiro Ministro, proclamou o dia 23 de fevereiro (data em que ocorreu o evento) como: "Pink Shirt Anti-Bullying Day!"

No dia 23 deste mês, na escola do meu filho, todos usarão uma camiseta rosa. E a campanha não pára por ai: Nos shoppings, lojas, nas ruas e demais instituições por toda a cidade de Vancouver, podemos ver  faixas, placas, vendas de camisetas a baixo custo e balcões de informações sobre bullying. 

Um fato interessante: Quando matriculamos o nosso filho na escola, fomos orientados sobre o bullying e suas práticas. A diretora nos disse a seguinte frase: "Temos tolerância zero com a prática do bullying. Se o seu filho sofrer algum tipo de bullying nos avise imediatamente!"

Realmente desejo que todas as escolas, principalmente no Brasil, possam ter o mesmo nível de conscientização em relação a esta prática tão danosa às nossas crianças e adolescentes.


Você pode ler mais sobre Bullying em outros textos neste Blog:
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2010/11/bullying-atraves-da-internet.html
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2010/05/bullying-e-preciso-levar-serio.html
http://lila-conversandocomospais.blogspot.com/2009/08/cuidado-seu-filho-pode-ser-vitima-de.html

Linda iniciativa destas crianças e maravilhoso apoio das instituições.
Abraços,

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Transtorno da Ansiedade na Infância

Li recentemente este livro e achei muito interessante para nós pais. Ele fala sobre o transtorno da ansiedade sofrido na infância. Hoje em dia, este transtorno é mais comum do que pensamos.

O livro cita vários exemplos de crianças ansiosas, como:
"A menina Talia tem apenas 9 anos, é cheia de amigas e adora ouvir rock, mas ela morre de medo de água, tanto que evita festinhas à beira da piscina. Outro garoto, George, tem 12 anos e se sente muito sozinho. Apesar de conversar com os pais, não consegue socializar com mais ninguém e isso tem preocupado sua família. Laís, de 7 anos não consegue viver mais longe de sua mãe e nem aceita mais dormir na casa do pai (eles se separaram). Já Caio, de 10 anos, se preocupa com tudo e vive com medo, e sempre que encosta em um objeto que pode lhe transmitir germes, corre para o banheiro para lavar as mãos intensamente."

Todos esses casos e sintomas são exemplos de ansiedade exagerada. A ansiedade é algo normal e faz parte da vida de todas as crianças e, como visto, ela pode assumir diversas formas. O grande problema, contudo, é quando o transtorno atrapalha a vida da criança a ponto de isolá-la do mundo por conta de sua fobia. Em alguns casos, a ansiedade na infância pode marcar o início de uma vida de angústias e tormentos que, nos casos mais graves pode levar a problemas mais sérios na fase adulta.
Precisamos conhecer mais sobre o tema para que possamos ajudar aos nossos filhos que, dependendo do caso, devem também contar com o auxílio de um profissional.

Aqui, coloco um trecho de um capítulo do livro que achei interessante:

Como a Ansiedade Infantil se manifesta?

"Todo mundo é único e não há duas crianças ansiosas que se comportem exatamente da mesma maneira. Existem, porém, amplas semelhanças que podemos descrever.

Quando sente ansiedade, a criança geralmente percebe três efeitos diferentes. Em primeiro lugar, a ansiedade é vivida em seus processos mentais e pensamentos. A criança ansiosa terá pensamentos que giram em torno de algum tipo de perigo ou ameaça: podem viver com medo de se machucar, de que alguém próximo a elas se machuque ou de ser motivo de risos. Em segundo lugar, a ansiedade é experimentada em um plano físico, em seu corpo.

Quando uma criança se torna ansiosa, seu corpo se torna mais empertigado, mais alerta. Os pesquisadores frequentemente se referem a esse fenômeno como resposta

"luta ou fuga", porque ele serve para proteger a pessoa, preparando-a para lutar ou fugir do perigo em potencial. A reação de luta ou fuga envolve mudanças tais como aumento da frequência cardíaca, respiração, transpiração e náusea.

Por conseguinte, quando apreensiva, a criança ansiosa pode queixar-se de dor de estômago, de dor de cabeça, pode vomitar, ter diarreia ou fadiga. Em terceiro lugar, e provavelmente o mais importante, a ansiedade afeta o comportamento da criança. Em situações que a deixam ansiosa, ela pode ficar nervosa, sentir as pernas bambas, chorar, agarrar-se a adultos ou ficar trêmula.

Não podemos deixar de mencionar que a ansiedade quase sempre envolve algum tipo de fuga. Pode tratar-se de uma fuga óbvia (recusar-se a levar o lixo para fora de casa quando está escuro, por exemplo), assim como pode envolver manifestações mais sutis (ficar cuidando o tempo todo da música, em uma festa, para não ter de conversar com ninguém, por exemplo).

O grau de ansiedade varia muito de uma para outra criança. Certas crianças têm medo apenas de uma ou duas coisas. Pode ser, por exemplo, que uma criança seja habitualmente segura e extrovertida, mas tenha medo de dormir de luz apagada. Na outra ponta do espectro, algumas crianças podem afligir-se com muitas áreas da vida e parecer sempre nervosas e sensíveis. Pode acontecer, por exemplo, de a criança ficar muito apreensiva diante de qualquer situação nova, ter medo de conhecer outras crianças, ter medo de cachorros, de aranhas e do escuro, ou ficar muito intranquila quando os pais saem à noite."

Fica aqui a sugestão para leitura.
Boa semana!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Como elevar a auto-estima das crianças


A nossa auto-estima começa a ser desenvolvida na infância, e a relação pais e filhos é de extrema importancia para o desenvolvimento positivo da mesma.
Recebi um interessante artigo do meu amigo Mauro Garcia do Blog Percepcioneirodia http://mgarfil.blogspot.com/ que quero compartilhar com vocês. O texto é de André Lima. Bom Proveito!


- Abandone as criticas e comece a elogiar: Quando damos atenção a alguma coisa, nós a alimentamos e a tendência é que ela cresça. Criticar a criança é dar atenção a seu lado negativo, o que o fortalece. A criança deseja atenção. Elogiar é uma forma de dar atenção positiva, assim você preenche o anseio da criança e é natural que ela faça mais coisas para ser elogiada. A crítica é uma atenção negativa, mas ainda assim é um tipo de atenção. Para a criança, a atenção negativa é melhor do que nenhuma atenção. A indiferença é a pior coisa para ela. A Ausência de elogios e críticas é a própria indiferença. Por isso, se você não elogia, ou seja, não dá a atenção positiva, a criança vai buscá-la de outras formas. E a forma mais fácil de recebê-la é praticando coisas negativas pois os pais facilmente se irritam e começam a brigar e criticar. Assim, a criança é reconhecida e se sente alguém, mesmo que seja através de algo negativo. Para ela, é melhor ser reconhecida por algo negativo, do que se sentir ninguém através da indiferença.

- Pare de descontar suas frustrações nas crianças: Temos uma tendência a descontar nossas frustrações nas pessoas mais próximas. Se as conseqüências são terríveis para os relacionamentos adultos, imagine então para as crianças. Elas começam a sentir que são um estorvo e que são culpadas pelo sofrimento dos pais. Crescem medrosas e inseguras.

- Permita que seu filho tente, erre e acerte: Seria bom se pudéssemos criar nossos filhos de forma perfeita e evitar para eles todo tipo de sofrimento, não é mesmo? Não, não seria. Faz parte do crescimento, do fortalecimento da auto-estima o processo de tentativa e erro. Conselhos pouco adiantam. A experiência é que traz a auto-confiança. Deixe que a criança faça sozinha, oriente no que for necessário quando ela pedir ajuda. Quando os filhos são muito pequenos, obviamente que temos que fazer mais por eles. Mas eles crescem, precisam começar a comer sozinhos, tomar banho, escolher as roupas (mesmo que a combinação fique estranha pra você). E quando crescerem vão precisar aprender a fazer outras escolhas: Namoros, amizades, cursos, esportes e etc. Filhos de pais que fazem tudo por eles são normalmente pessoas extremamente inseguras.

- Relaxe um pouco nas cobranças: Normalmente aqueles pais que cobram demais são os mesmos que também não elogiam ou elogiam pouco. Você cobra e  a criança faz, mas, por mais que ela faça, os níveis de exigência aumentam e você cobra mais ainda. É sufocante! A sensação é que ela nunca é boa o suficiente. Nem preciso dizer o quanto isso interfere na auto-estima e pode prejudicar a vida profissional e pessoal. Os mais estudiosos e organizados nem sempre são os mais bem sucedidos na vida. Muitas pessoas não se enquadram nos moldes e métodos da escola e da sociedade, passando uma impressão de que são inadequados e não serão bem sucedidas por isso. No entanto, essas pessoas se tornam muitas vezes profissionais acima da média em áreas tradicionais e outras menos convencionais. 

- Abandone o hábito de comparar negativamente os filhos a outras crianças e pessoas: Esse método negativo funciona da mesma forma que a crítica, pois ressalta os aspectos negativos dando atenção a eles. Normalmente se você usa frases do tipo “Seu irmão faz tal coisa e você não consegue, veja fulano, filho da vizinha, é tão estudioso...” A criança se sente inferiorizada, pois todo mundo é melhor do que ela, todo mundo tem qualidades e ela, não. Ela tende a ficar numa busca incessante de reconhecimento e aprovação dos pais.
- Abandone o hábito de criticar seus filhos na frente de outras pessoas: Essa é uma das formas mais nocivas de crítica. Fica marcado nas emoções da criança. Ela se sente humilhada, não sabe se defender nem consegue entender o que se passa, o que acaba levando a uma auto-estima muito baixa. Muitos pais tem esse hábito irresistível de falar mal dos filhos na frente de outras pessoas. Alguém já viu isso funcionar no sentido de melhorar o comportamento do filho? Eu duvido. Cria apenas raiva, insatisfação e piora os relacionamentos. Persistir fazendo o que não funciona, é insanidade.

- Deixe de lado a chantagem emocional: Esse método é fruto da insegurança do adulto que sente que precisa manipular a criança para que ela aja conforme sua vontade. Faz os filhos se sentirem culpados. A culpa acumulada é extremamente nociva pra auto-estima. A criança vira um robô que tenta sempre atender as expectativas para não se sentir culpada

- Deixe o seu filho ser o que ele quiser: O papel do filho não é dar continuidade a vida dos pais, nem o de realizar as coisas que os pais não conseguiram. A maneira de você resolver as suas frustrações é lidando com elas. Os filhos podem ter aspirações semelhantes aos pais, mas podem também desejar seguir caminhos bem diferentes. É possível ser bem sucedido em qualquer profissão, é possível também ser feliz em qualquer área. Deixe o seu filho ser o que ele quiser e lhe dê apoio. Liberte-se das crenças de que tal profissão é ruim, que não dá dinheiro. Você terá sucesso fazendo o que ama.