terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bater não educa e nem disciplina os filhos

 
Quem me conhece sabe que eu sou uma defensora da “NÃO palmada”, e sempre que possível escrevo sobre o tema no intuito de esclarecer aos pais e cuidadores que bater não ajuda a educar e nem a disciplinar uma criança, e sim as torna tristes, agressivas e inseguras.
 
Eu entendo que através do bater, muitos pais tem a intenção de diminuir o mau comportamento da criança ou adolescente. No entanto, bater a longo prazo normalmente aumenta o comportamento agressivo e o distanciamento entre pais e filhos.
 
Por décadas estudiosos da saúde mental tem pesquisado sobre os efeitos negativos da palmada e dos castigos corporais em crianças; com isso, não nos faltam provas e informações sobre a ineficácia desse método de disciplinar filhos. No entanto, muitos pais ainda continuam a usar a agressividade dentro de casa, lugar esse que deveria servir de proteção aos filhos e não de abuso.
 
Eu costumo dizer que bater em crianças para educá-las é o mesmo que gritar para pedir silêncio. Não faz o menor sentido.
 
Caso você deseje ajudar o seu filho a ter um comportamento melhor, deixo abaixo algumas sugestão.
  • Utilize o reforço positivo:  Todo mundo gosta de elogios e incentivo, não? E as crianças adoram ter a tenção dos pais quando elas fazem algo bom e correto, e ser elogiado por isso é algo que as deixa orgulhosas de si mesmas. Ex: caso a criança tenha o hábito de brigar com os amigos, elogie quando ela não se comportar assim. “Percebi que você não brigou com seus amigos hoje. Ter se esforçado para se relacionar bem com eles foi fantástico
Obs: evite usar os termos “estou feliz/orgulhoso de você”, pois o bom comportamento das crianças não deve ser para agradar aos pais e sim para prepará-los para a vida.
  • Estabeleça conseqüências:  Comportamentos indesejados geram consequencias a quem os cometeu, e não castigos físicos ou agressivos. Deixe claro aos seus filhos que você não aprova o fizeram; explique porque não aprova e fale sobre as consequencias da atitudes. Ex: “Você ter brigado com seus amigos não foi a melhor maneira de resolver o problema. Você tem feito isso ha muitos dias e não tem se esforçado para melhorar. Devido a isso, você não receberá a sua mesada este mês”.
Obs: as consequencias precisam ter um efeito de “perda ou de pagar por”, caso contrário não surtirá efeito. É mais ou menos como dirigir sem cinto e não levar multa, apenas advertência do guarda.
  • Estabeleça recompensas:  Comportamentos desejados geram recompensas a quem os praticou. Ex: “Você tem se esforçado para se relacionar bem com seus amigos, e percebi que nessa semana você foi gentil e educado com eles. Acredito que esse é um sinal de maturidade. Com essa atitude positiva, você ganhará uma hora mais para brincar de video game nos finais de semana.”

Disciplinar e educar filhos com atitudes positivas, baseadas no diálogo e sem agressividade ou violência, vai gerar crianças e adultos mais saudáveis e confiantes. Essa é uma receita de sucesso, então está na hora de colocá-la em prática.

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